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26/02/2015
Recentemente, duas das principais empresas da indústria da tecnologia, Google e Facebook, foram apontadas como lugares ruins para se trabalhar por funcionários e ex-funcionários. A informação, publicada pelo site Business Insider, chamou muito a atenção porque ambas empresas costumam liderar as listas de locais dos sonhos de muitos profissionais.
Uma conclusão rápida que pode ser tirada dessa situação é que as decepções existem, sim, e são muito comuns, não sendo privilégios apenas do Google e Facebook. “A primeira coisa que deve ser sempre lembrada por quem está procurando emprego ou participando de processos seletivos é que ao ser chamado para uma entrevista, não se iluda com nomes ou status da organização, procure saber antecipadamente, mesmo de maneira informal, como é o ambiente de trabalho. Como são as pessoas, qual o ritmo de trabalho, como se medem resultados, o que é bem (ou mal) visto, que estilo de pessoas são promovidas, como são os chefes e assim por diante”, afirma o consultor em gestão de pessoas Eduardo Ferraz.
Remuneração, benefícios, condições de acesso, possibilidades de crescimento, são importantes, mas as pessoas se esquecem de uma análise fundamental: conhecer a cultura e os valores da empresa da qual fará parte.
Pessoas muito diferentes do clima e da cultura organizacional sofrem uma pressão enorme e não conseguem render o necessário, o que acaba sendo ruim tanto para o profissional quanto para a empresa. Quando alguém se sente parte da cultura, concorda, defende e valoriza a empresa sem ninguém pedir.
“Se você é uma pessoa calma, formal, concentrada, que gosta de fazer uma coisa de cada vez, e entra em uma empresa sem rotinas definidas, com muita pressão e comandada por pessoas ansiosas e agressivas, certamente não conseguirá se adaptar. O bom salário, os benefícios e todas as outras vantagens vão ser ótimos no início, mas depois não serão suficientes para motivá-lo”, diz Ferraz.
O mesmo acontecerá se você for uma pessoa extrovertida, sociável e criativa, e trabalhar em uma organização onde as normas são rígidas demais, o ambiente é formal e os relacionamentos são pouco valorizados. Em ambos os casos, o profissional terá que passar os dias se controlando e sofrendo em um ambiente com uma cultura completamente diferente daquela em que se sentiria feliz.
Existem, por outro lado, casos em que o profissional aceita ganhar menos ou gasta mais horas no trânsito para trabalhar em uma empresa aonde se sente bem. “Seguramente este funcionário vai ficar por muito tempo no emprego e desempenhará suas atividades muito motivado”, aponta o consultor.
Via Empreendedor