Inscreva-se em nossa Newsletter

Fechar Fechar

Cadastre seu e-mail e receba informações
e promoções!

Fechar Fechar

Conte com nossos consultores
para ajudar na compra de seu produto

Compre pelo chat Compre pelo telefone

(11) 3341-1822

Compre pelo telefone *De 2ª a 6ª, das 8:30h às 18h00
*Sábados, das 8:30h às 12h30

Como sair da crise Financeira Empresarial

01/06/2015

Nesses tempos de turbulência, manter o caixa no azul torna-se uma tarefa dificílima. Sanar os problemas financeiros exige disciplina. Atitudes básicas e severas para diminuir custos e aumentar a produtividade são bem-vindas. Mas uma pitada de ousadia evita cortes exagerados (e feridas abertas). É nas crises que surgem as melhores oportunidades de valorizar o potencial dos empregados e explorar novos mercados. “O capitalismo se reinventa em momentos como o que vivemos agora. É nesses períodos que as empresas, atingidas ou não pela crise, devem aproveitar para se reestruturar”, afirma Francisco Barone, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Pequenas Empresas & Grandes Negócios consultou dois especialistas em gestão e três empreendedores que encontraram soluções eficientes para driblar complicações financeiras. Leia a seguir como eles sugerem enfrentar as dificuldades – ou mesmo sair do vermelho.

>>> SEPARE AS CONTAS PESSOAIS
De acordo com Barone, da FGV, e Enio Duarte Pinto, gerente da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae Nacional, misturar as finanças da pessoa física e da pessoa jurídica é um dos erros mais comuns de pequenos e médios empresários. Esse é também o primeiro passo para criar sérios problemas de caixa. “Jamais use seu cheque especial ou cartão de crédito pessoal, que têm juros altos, para financiar as atividades do negócio”, aconselha Barone.

>>>CONHEÇA OS CUSTOS
Para cortar gastos com eficácia, é fundamental saber exatamente quais são seus custos fixos e variáveis. Com a redução da atividade econômica, o faturamento costuma diminuir, mas muitas despesas continuam as mesmas. “Só conhecendo os custos é possível saber onde e como cortar”, afirma o professor da FGV.

André Sobrinho ficou surpreso com a estrutura inchada e os problemas financeiros da Zoom Grafik, quando assumiu a direção da empresa familiar após o falecimento de seu pai, em setembro de 2008. Sem revelar o valor da dívida, ele conta que analisou despesa por despesa e já atingiu uma economia mensal de R$ 50.000. Ele terceirizou o almoço dos funcionários (que antes custava R$ 12,75 por refeição e agora custa R$ 4,40), acomodou toda a equipe no imóvel próprio da empresa (poupando R$ 10.000 por mês de aluguel de um galpão) e optou pela terceirização dos serviços de acabamento gráfico, caros para a empresa.

>>>CUIDE DOS CONTROLES GERENCIAIS 
De acordo com Pinto, do Sebrae, após detalhar todos os custos, é preciso aprender a organizar planilhas de acompanhamento gerencial: contas a pagar, contas a receber, comissões sobre vendas, controle de estoque e fluxo de caixa. “Assim, as decisões passam a ser mais consistentes, embasadas nos dados.”

>>>PENSE ANTES DE DEMITIR
Além dos gastos trabalhistas, demissões geram despesas em um segundo momento, o de recontratar, e diminuem a confiança e a produtividade dos trabalhadores que ficam. “Em vez de cortar o mais fácil, que está sob seu controle, procure agir em pontos de sua influência, como o aumento de vendas ou a negociação com fornecedores”, recomenda Pinto.

Dono da Patrimon Informática, loja de venda e manutenção de equipamentos em Brasília, Claudio Borges aproveita o movimento menor na parte da manhã para dar treinamentos técnicos e de vendas aos seus três funcionários. Na contramão do mercado, ele até contratou dois estagiários em janeiro. “Procurar mão-de-obra qualificada quando a economia voltar ao normal sairá mais caro do que formá-la agora”, afirma.

>>> BUSQUE NOVOS MERCADOS
Se o setor de atuação do seu negócio encolheu por causa da crise, é preciso buscar novos mercados para seus produtos e serviços. Caso a sua empresa ainda não tenha sentido os efeitos do menor ritmo econômico, antecipe-se e diversifique a clientela. Isso dará mais força para você crescer no futuro, passada a tormenta.

A pernambucana Muzak Produções em Áudio, especializada no segmento de publicidade, sentiu a necessidade de expansão logo aos primeiros sinais da crise. “Estamos repensando o nosso negócio, vendo onde estão as oportunidades”, diz o sócio Marcelo Soares, que investiu R$ 7.500 na contratação de uma consultoria para ajudar a empresa a se posicionar em outros mercados, como conteúdo para rádios corporativas, programas para rádios abertas convencionais e produção de discos. Com os novos nichos, Soares acredita que deve manter o faturamento médio mensal de R$ 120.000 em 2009.

>>> JUNTE-SE AOS CONCORRENTES
Consultores são unânimes ao listar os benefícios do associativismo. Aliando-se a concorrentes, é possível fazer compras conjuntas e ganhar poder de barganha na negociação de preços e prazos de pagamento. O gerente do Sebrae acredita que empreendedores podem dividir também investimentos em consultorias, treinamentos, ações de marketing e visitas técnicas a centros de pesquisa.

>>> NEGOCIE COM FORNECEDORES
Lembre-se: a crise não atingiu somente a sua empresa. Não se intimide ao negociar prazos com seus fornecedores. “Quem vende para pequenos empreendimentos também foi afetado e não quer perder clientes”, afirma Pinto.

>>> FIQUE ATENTO À QUALIDADE
Um erro comum cometido na tentativa de cortar custos é substituir matérias-primas e insumos por outros de menor qualidade. Os clientes logo percebem a diferença. Como resultado, a empresa só perde novas vendas. Negociar com os fornecedores e comprar em parceria com outros empresários gera resultados melhores.

>>> REAVALIE AS DÍVIDAS
Analise todas as pendências financeiras da empresa e procure alternativas para reduzir as taxas de juros. O ideal é solicitar o refinanciamento com prazos maiores e prestações menores. “Se conseguir alguma carência, melhor para o fluxo de caixa”, completa Barone. Caso você ainda não tenha recorrido às instituições financeiras e precise de um reforço, procure as linhas de crédito que operam com recursos públicos, como o Proger e o Cartão BNDES. Como alternativa para salvar a empresa, talvez seja o momento de vender bens pessoais que geram custos mensais, como o carro ou a casa da praia.

Via: NF. Service